26 de mar. de 2008

Memorial Descritivo:

“Coisa esquecida na Caixa de Pandora”

O projeto apresentado visa dar continuidade aos estudos poéticos referentes aos entrecruzamentos de conceitos próprios da Gravura – Monotipia - com os estudos de referências mitológicas.

O projeto inicial da obra é composto de 50 caixas brancas dispostas enfileiradas lado a lado. Cada uma contém uma gravura ao fundo, sendo que sua referida matriz (a linha em si), estará disposta na porção inferior da caixa.
Segundo uma versão da história, Pandora recebera de presente uma caixa onde cada deus colocara um bem; tomada pela curiosidade em saber o que havia dentro da caixa, inadvertidamente ela abriu a mesma, liberando os bens ali contidos, restando somente a esperança.
Creio que a proposta, onde uma seqüência de caixas abertas e sem tampas, onde se vê dezenas de imagens de labirintos emaranhados, faz acreditar que a esperança projeta-se constantemente de cada módulo no desenrolar dos percursos – os quais sugiro como caminhos e descaminhos referentes à nossa vivência.

Cada caixa contém uma gravura distinta, uma matriz ímpar, uma esperança única, esperança essa que é por si um ato constante de esperar, desejar...


Texto de Letícia Costa Gomes

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